São João, filho de Isabel (prima de Maria, mãe de Jesus) e de Zacarias, nasceu na Judeia dois anos antes do seu primo Jesus, tendo o seu nascimento sido anunciado ao seu pai por um mensageiro celeste. Criado no Deserto, João teve uma educação religiosa que lhe deu autoridade para baptizar (daí o “Baptista” no seu nome) em nome de Deus.João Baptista foi o último profeta do Velho Testamento, cuja missão consistia na preparação do povo judeu para a vinda do Messias, o seu primo Jesus Cristo. Foi ele, aliás, quem o baptizou, nas margens do rio Jordão.
Em meados do ano vinte e seis, João foi aprisionado na Pereia, a mando do Rei Herodes Antipas, tendo sido levado para a fortaleza de Macaeros (Maqueronte), onde foi mantido por dez meses até ao dia de sua morte, que ocorreu quando este tinha cerca de vinte e nove anos.
O motivo do seu aprisionamento apontava para a liderança de uma revolução, sendo que Herodias, por intermédio de sua filha, conseguiu coagir o Rei na morte de João, e a sua cabeça foi-lhe entregue numa bandeja de prata e depois foi queimado numa fogueira durante uma festa que ocorria no palácio de Herodes. Foram os discípulos de João quem o sepultaram e anunciaram a sua morte ao seu primo Jesus.
O dia 24 de Junho, data do seu nascimento, foi designado pela Igreja Católica como o da sua comemoração. Esta altura do ano já era festejada pelo povo muito antes da vinda de Jesus Cristo. Em Junho, celebrava-se o Solstício de Verão acontecimento em que se saudava a proximidade das colheitas e se faziam sacrifícios em prol da fertilidade e para afastar as doenças e a seca. A Igreja como não conseguiu pôr fim a estas festas pagãs transformou-as em católicas.
O dia de São João é festejado, sobretudo, no norte do país, na noite de 23 para 24 de Junho, não faltando festas e bailes, bem como manjericos e alho-porro, para comemorar o dia do protector dos casados, dos enfermos e dos monges.
