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Conhecer os Apóstolos | São Bartolomeu

Nascido em local e data desconhecidos, São Bartolomeu era o sexto dos Apóstolos e terá sido apresentado a Jesus por Filipe. Os dois eram grandes amigos, sendo que tinham alguns negócios juntos. Segundo o que se sabe, os dois iriam visitar João Baptista, quando se encontraram com Jesus, acabando por Bartolomeu ser escolhido por Jesus para Apóstolo.

Nos evangelhos o seu nome não é muito citado, pois julgasse que o seu nome verdadeiro era Natanael, nome que podemos encontrar em muitas passagens da Bíblia, sendo que a prova maior que Bartolomeu era de facto Natanael se encontra nos acontecimentos relatados pelos quatro Evangelhos, sendo que em todos ele é identificado como tal.

O nome Bartolomeu vira de Bar-Tolai, que significa “filho de Talmai”, um nome hebreu, que, possivelmente, lhe foi atribuído para o distinguir como filho de Talmai.

Bartolomeu vinha de uma família de sete irmãos, e vivia em Caná, onde cuidava dos pais, que estavam gravemente doentes, pois os seus irmãos ou já tinham falecido ou estavam casados e a viver longe dali. Ele era uma pessoa muito instruída /talvez o mais instruído dos Apóstolos, juntamente com Judas Iscariotes), sendo que inclusive ele chegara a pensar em estabelecer-se como mercador.

Juntos dos Apóstolos, Bartolomeu era visto como uma pessoa cheia de honestidade, sinceridade e “sem artifícios”. Era uma pessoa de muito carácter, cheio de orgulhoso da família, da cidade e da sua nação, sendo que por vezes acabava por levar este seu orgulho longe de mais, tendo uma espécie de preconceito por quem era de outros locais, ou quem não estava de acordo com as suas opiniões. Nem Jesus escapou a esta situação, pois pouco tempo após se conhecerem ele perguntou-lhe: “Pode alguma coisa boa vir de Nazaré?”. No entanto, com o tempo e com os ensinamentos do seu Mestre foi corrigindo este seu defeito.

Bartolomeu era visto como os outros Apóstolos como um génio, fosse em que aspecto fosse. Era um filósofo apostólico e o sonhador, sempre bem disposto e pronto a contar histórias. Jesus era dos que mais o gostava de escutar os seus discursos, fossem as histórias contadas num tom mais sério, ou mais brincalhão.

A verdade é que nem sempre Bartolomeu levava os ensinamentos a sério, o que fazia com que, principalmente, Judas Iscariotes estivesse contra ele e contra a forma como ele espalhava a mensagem de Cristo. Inclusive, Judas terá ido ter com Jesus para se quixar desse facto. Sendo que Jesus lhe respondeu da seguinte forma: “Judas, toma cuidado com o que fazes; não superestimes o teu encargo. Quem entre nós é competente para julgar o nosso irmão? A vontade do Pai não é que os seus filhos devam compartilhar apenas as coisas sérias da vida. Deixa-me repetir: Eu vim para que os meus irmãos na carne possam ter júbilo, alegria e uma vida de maior abundância. Vai então, Judas, e faz bem aquilo que te tenha sido confiado e deixa Natanael, o teu irmão, dar conta de si próprio a Deus”. Terá sido esta conversa que fez com que a relação entre os dois passasse a ser melhor.

Mas esta forma simples e bem humorada que Bartolomeu aplicava nos seus discursos, serviu muitas vezes para unir os apóstolos, pois seria ele que ficaria no comando quando Jesus ia para as montanhas com Pedro, Tiago e João, e os Apóstolos ficavam um pouco chateados com essa situação. Seria, portanto, Bartolomeu quem tinha o dom de os acalmar e os chamar à realidade, fosse com um pouco de filosofia ou com um pouco de humor.

No seio dos doze, o principal dever de Bartolomeu era o de cuidar das famílias dos Apóstolos, por isso, não é de estranhar a sua ausência em determinados momentos, pois quando se sabia que alguma doença ou outra coisa fora do normal tinha acontecido com alguma das famílias, era ele quem ia em seu socorro.

Em Jesus o que Bartolomeu mais admirava era a sua tolerância. Ele nunca se cansou de contemplar a abertura da mente de Jesus e a generosa compaixão que ele tinha para com os outros.

Segundo se sabe, Bartolomeu terá perdido o pai por alturas do Pentecostes e depois disso, terá ido para a Mesopotâmia e para a Índia proclamar a palavra de Cristo e baptizar aqueles que queriam seguir a Deus. A partir daqui pouco se sabe, apenas se pensa que ele terá continuado a espalhar a palavra de Deus, fosse pela filosofia, pela poesia ou do humor, tendo sido um elemento importante na disseminação dos ensinamentos do seu Mestre, embora não tenha participado da organização da igreja cristã. Pouco mais se sabe, a não ser, que terá morrido na Índia.

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